Este artigo do Miguel Portas sobre a análise de Pacheco Pereira (Publico 15/12/2005) ao desempenho de Louçã nos debates das presidenciais é muito interessante e muito certeiro sobre vários aspectos. De facto, a reconstrução da identidade política dos "jovens dos idos da revolução que percorreram a estrada que os levou da esquerda para o centro e/ou a direita" não é um processo fácil. Por exemplo, os sucessivos equívocos do Abrupto sobre a ETA e Louçã (ler 15:33 e 16:19, 11/3/2004, Abrupto) aquando dos atentados de Madrid ilustram na perfeição a análise de Miguel Portas sobre o carácter da crítica de JPP a Louçã, nomeadamente quando Portas refere os comentários introduzidos a martelo sobre a Venezuela e a Líbia na crítica a Louçã.
O mesmo tipo de análise é aplicável mas com mais pertinência a outros cronistas, talvez José Manuel Fernandes seja o caso de maior visibilidade e cujo o moralismo é o mais radical sempre que confrontado com antigos companheiros de estrada que fizeram outras escolhas perante as mesmas bifurcações políticas.
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