Ainda durante o executivo de Durão Barroso, Bagão Félix baseou uma boa parte das suas políticas sobre emprego e produtividade no mito/boato de que os trabalhadores portugueses teriam uma alta taxa de absentismo por "doença" (as aspas ilustram melhor o que Bagão pensava sobre o assunto). O estudo da revista britânica "Occupational and Environmental Medicine" desmente por completo as teorias de Bagão sobre absentismo. Quer isto dizer que durante dois anos foram praticadas políticas para combater um mal que afinal não existia. Durante os mesmos dois anos perdeu-se a oportunidade para fomentar políticas modernas de emprego e produtividade como: o aumento da contratação de mão-de-obra qualificada, a renovação tecnológica das empresas, a criação de mais parcerias entre as Universidades e as empresas, etc. Enveredou-se pela direcção errada durante dois anos por causa de um mito!
Portugal é fértil em mitos deste tipo
O problema é que estes mitos depois propagam-se e estimulam a implementação de políticas erradas. Para além deste belo mito que agora acabou ainda temos muitos mitos e lendas como: os beneficiários do rendimento mínimo andam de Mercedes e têm piscinas (gosto do "requinte" da piscina), os estudantes são todos uns bêbados e andam de BMW, as mulheres e as minorias étnicas agora têm benefícios a mais (vá lá ainda não lhes colaram nenhuma marca de carros de topo de gama), "a escola dantes é que era", em Portugal gasta-se dinheiro a mais na educação (este também foi ferido de morte após o último relatório da OCDE), etc., etc., etc!
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