O Fernando Alves veio fazer-nos uma visita. O resultado poderá ser ouvido amanhã, domingo, pelas 12.05 h na TSF. Deste modo poderão conhecer melhor o que alguns dos membros da Klepsýdra e da Aba de Heisenberg andam a fazer ao dinheiro dos contribuintes.
sábado, janeiro 31, 2004
sexta-feira, janeiro 30, 2004
Colaborar com a ditadura Saudita
Podemos ler no Relações Bilaterais de Junho, publicação do Ministério da Defesa, a seguinte notícia:
"Realizou-se nos passados dias 03 e 04 de Junho, a visita oficial à Arábia Saudita de Sua Excelência o Ministro de Estado e da Defesa Nacional, Dr. Paulo Portas, que, na ocasião, foi recebido pelo seu homólogo, Príncipe Abdel Aziz.
Para além da troca de impressões sobre a situação internacional, durante as conversações foram debatidos diversos assuntos de interesse para ambas as Partes, de que se destacam a possibilidade de incremento da cooperação ao nível industrial de Defesa, particularmente no domínio da manutenção aeronáutica, bem como a eventual frequência de cursos ministrados nas nossas Academias Militares por Oficiais sauditas. Foi ainda sugerida a celebração de um acordo de cooperação bilateral no domínio da Defesa, cuja proposta de texto está já a ser preparada na DGPDN."
No rescaldo da Guerra do Iraque, o mesmo Portas que apertou a mão ao representante do despotismo saudita sugeriu que a próxima ditadura a abater fosse Cuba, propondo o slogan "Cuba Livre" para as T-shirts da Juventude Popular. A podre ditadura cubana é miserável, mas está muito longe do nível de violência do regime saudita, das execuções na praça pública através de decapitação a golpe de sabre de infiéis e de criminosos, dos apedrejamentos públicos de mulheres impuras, da lavagem ao cérebro de jovens e de crianças nas escolas públicas sauditas em que se aprende que o ocidente é o demónio e os EUA o grande Satã (como o mostra uma recente reportagem da BBC).
Algo não está a bater certo, pois não? Apoiámos o derrube da ditadura Iraquiana e cultivamos relações militares com uma ditadura ainda pior... E Portas? A miséria do seu discurso fica a nu perante estas contradições.
"Realizou-se nos passados dias 03 e 04 de Junho, a visita oficial à Arábia Saudita de Sua Excelência o Ministro de Estado e da Defesa Nacional, Dr. Paulo Portas, que, na ocasião, foi recebido pelo seu homólogo, Príncipe Abdel Aziz.
Para além da troca de impressões sobre a situação internacional, durante as conversações foram debatidos diversos assuntos de interesse para ambas as Partes, de que se destacam a possibilidade de incremento da cooperação ao nível industrial de Defesa, particularmente no domínio da manutenção aeronáutica, bem como a eventual frequência de cursos ministrados nas nossas Academias Militares por Oficiais sauditas. Foi ainda sugerida a celebração de um acordo de cooperação bilateral no domínio da Defesa, cuja proposta de texto está já a ser preparada na DGPDN."
No rescaldo da Guerra do Iraque, o mesmo Portas que apertou a mão ao representante do despotismo saudita sugeriu que a próxima ditadura a abater fosse Cuba, propondo o slogan "Cuba Livre" para as T-shirts da Juventude Popular. A podre ditadura cubana é miserável, mas está muito longe do nível de violência do regime saudita, das execuções na praça pública através de decapitação a golpe de sabre de infiéis e de criminosos, dos apedrejamentos públicos de mulheres impuras, da lavagem ao cérebro de jovens e de crianças nas escolas públicas sauditas em que se aprende que o ocidente é o demónio e os EUA o grande Satã (como o mostra uma recente reportagem da BBC).
Algo não está a bater certo, pois não? Apoiámos o derrube da ditadura Iraquiana e cultivamos relações militares com uma ditadura ainda pior... E Portas? A miséria do seu discurso fica a nu perante estas contradições.
quinta-feira, janeiro 29, 2004
Um fiel retrato da NATO
Durante alguns dias este cartaz do filme "Ripoux 3" andou a bombardear-me a vista. Descobri que continha algo de revelador. Poderia ser o retrato perfeito do que é hoje a NATO!
© Gaumont Buena Vista International (GBVI)
- Le Maître de óculos escuros propícios a todo tipo de interpretações sabemos todos quem é.
- O ar very british e a fisionomia Blairiana do actor Thierry Lhermitte, le Disciple, dispensa mais comentários.
- Mas é l'Elève, o personagem representado pelo actor de origem húngara, Lorant Deutsch, a figura mais interessante. Reparem naquele ar de xico esperto, meio manhoso, a cabeça ligeiramente inclinada a espreitar por cima do ombro do Mestre. Tem um ar confiante e ameaçador porque está ao lado do Mestre. Este personagem poderia ser o primeiro ministro polaco, Leszek Miller, ou José Maria Aznar. O lado manhoso da NATO, aqueles que só arreganham os dentes quando têm as costas quentes. Mas este personagem assentaria também que nem uma luva aos Rumfelds da nossa lusitânia. Aqueles espertalhaços que não têm o mínimo sentido de prioridades, que já se esqueceram da área florestal recém ardida equivalente à área do Luxemburgo, que se estão a borrifar para a ciência e a educação, mas que acham importante estoirar dinheiro em vãs missões militares para estar sempre nas boas graças do Mestre. É o Portugal xico esperto de que não nos livramos tão cedo. É por isso que foi tão importante o exemplo dessa Europa que soube fazer um manguito ao Mestre. Serve-nos de exemplo países pequenos como a Bélgica ou o Luxemburgo.
© Gaumont Buena Vista International (GBVI)
- Le Maître de óculos escuros propícios a todo tipo de interpretações sabemos todos quem é.
- O ar very british e a fisionomia Blairiana do actor Thierry Lhermitte, le Disciple, dispensa mais comentários.
- Mas é l'Elève, o personagem representado pelo actor de origem húngara, Lorant Deutsch, a figura mais interessante. Reparem naquele ar de xico esperto, meio manhoso, a cabeça ligeiramente inclinada a espreitar por cima do ombro do Mestre. Tem um ar confiante e ameaçador porque está ao lado do Mestre. Este personagem poderia ser o primeiro ministro polaco, Leszek Miller, ou José Maria Aznar. O lado manhoso da NATO, aqueles que só arreganham os dentes quando têm as costas quentes. Mas este personagem assentaria também que nem uma luva aos Rumfelds da nossa lusitânia. Aqueles espertalhaços que não têm o mínimo sentido de prioridades, que já se esqueceram da área florestal recém ardida equivalente à área do Luxemburgo, que se estão a borrifar para a ciência e a educação, mas que acham importante estoirar dinheiro em vãs missões militares para estar sempre nas boas graças do Mestre. É o Portugal xico esperto de que não nos livramos tão cedo. É por isso que foi tão importante o exemplo dessa Europa que soube fazer um manguito ao Mestre. Serve-nos de exemplo países pequenos como a Bélgica ou o Luxemburgo.
quarta-feira, janeiro 28, 2004
À espera de tradução oficial
Dýnom, dánom, na kopečku stála, dýnom, dánom, na mňa pozerala.
Dýnom, dánom, nepozeraj na mňa, dýnom, dánom, nepôjdeš ty za mňa.
Dýnom, dánom, nepozeraj na mňa, dýnom, dánom, nepôjdeš ty za mňa.
terça-feira, janeiro 27, 2004
Chulice no aeroporto
O aeroporto de Lisboa aderiu à esperteza saloia de fazer cobrar os carrinhos de transporte de bagagens. Este sistema é uma espécie de mensagem de boas-vindas ao contrário para todos aqueles que chegam cansados, que dão voltas e voltas através do caótico percurso até ao tapete de recolha de bagagens, muitas das vezes sem euros à mão – quando ainda se traz no bolso dinheiro de um país fora da zona euro – e sem o cartão de crédito certo para se poder alugar um carrinho. É trocar o conforto pela ganância! Para que é que se pagam taxas de aeroporto? Querem ganhar dinheiro à custa do conforto? Então larguem os passageiros no meio da pista ao lado de autocarros a pagar, quem não pagar vai a pé! Ou então só vão para o tapete de recolha as bagagens de quem pagar um extra, quem não pagar vai buscar a bagagem ao porão de carga! Se assim for estamos conversados! Se é para isto que pagamos taxas de aeroporto, então para a próxima desembarca-se no Porto ou em Faro!
sexta-feira, janeiro 23, 2004
Boomerang: Francis Fukuyama
“…a autorização para o uso da força (contra o Iraque) no seguimento da invasão do Kwait indiciam o tipo de acção internacional que poderá ser possível no futuro.”
Francis Fukuyama, 1992, “O fim da história e o último homem”
É muito interessante ler a obra de Fukuyama 12 anos depois, especialmente depois do “espalhanço” dos tigres asiáticos. Para além disso, encontram-se estas belas pérolas de futurologia política.
Francis Fukuyama, 1992, “O fim da história e o último homem”
É muito interessante ler a obra de Fukuyama 12 anos depois, especialmente depois do “espalhanço” dos tigres asiáticos. Para além disso, encontram-se estas belas pérolas de futurologia política.
quinta-feira, janeiro 22, 2004
Imigração científica e não só
O Nuno do Mar Salgado (que suspeito ter sido meu adversário de basquete aqui no distrito de Coimbra) ironiza sobre a abertura do nosso mercado de trabalho a 6500 imigrantes. Note-se que este número foi calculado tomando em consideração que não sairia nenhum português do país. Hoje um estudo anunciado pela SIC dava conta que estão a sair mais Portugueses do país do que estrangeiros a entrar! Mas o mais grave foi o Ministro da Administração Interna gabar-se de que finalmente poderão emitir vistos de residência em APENAS 6 meses!!! Só 6 meses de precariedade não é nada! Está-se mesmo a ver que qualquer empresa fica sentada à espera 6 meses que um trabalhador receba o seu visto de residência.
Tortuosos caminhos da ciência
O artigo da IEEE Spectrum por mim anteriormente comentado descreve a perturbação causada nos meios científicos nos EUA pelas novas políticas da homeland security, independentemente da fuga de cérebros da Europa para a América do Norte que o Nuno do Mar Salgado refere. Problema este que já tinha sido objecto de uma proposição da Comissão Europeia no passado dia 18 de Julho, intitulada «Lutte contre la fuite des cerveaux», que eu andava a guardar para comentar aqui na Klepsýdra. A diferença de salários e de oportunidades são bem descritas no dossier da Time referido pelo Nuno. O caso português é ainda pior, e quem voltou ao país por pura carolice e voluntarismo pensa duas vezes se foi uma boa ideia perante muita indiferença política e algumas insinuações do tipo: «esses cientistas querem é subsídios» (julgam que a ciência nos EUA estaria onde está se não fosse a maior fatia do investimento Americano nos últimos 30 anos ter ido para o armamento, que «subsidia» ciência, empresas tecnológicas privadas e afins).
Nisto julgo que eu e o Nuno estamos de acordo. No entanto eu acho que o Muro que continua a ser construído entre os EUA e o México é bem mais grave do que as preocupações do Nuno sobre Le Pen na Europa (Le Pen bem que gostaria de erguer um muro entre a França e o resto da Europa, já o afirmou uma vez!).
Tortuosos caminhos da ciência
O artigo da IEEE Spectrum por mim anteriormente comentado descreve a perturbação causada nos meios científicos nos EUA pelas novas políticas da homeland security, independentemente da fuga de cérebros da Europa para a América do Norte que o Nuno do Mar Salgado refere. Problema este que já tinha sido objecto de uma proposição da Comissão Europeia no passado dia 18 de Julho, intitulada «Lutte contre la fuite des cerveaux», que eu andava a guardar para comentar aqui na Klepsýdra. A diferença de salários e de oportunidades são bem descritas no dossier da Time referido pelo Nuno. O caso português é ainda pior, e quem voltou ao país por pura carolice e voluntarismo pensa duas vezes se foi uma boa ideia perante muita indiferença política e algumas insinuações do tipo: «esses cientistas querem é subsídios» (julgam que a ciência nos EUA estaria onde está se não fosse a maior fatia do investimento Americano nos últimos 30 anos ter ido para o armamento, que «subsidia» ciência, empresas tecnológicas privadas e afins).
Nisto julgo que eu e o Nuno estamos de acordo. No entanto eu acho que o Muro que continua a ser construído entre os EUA e o México é bem mais grave do que as preocupações do Nuno sobre Le Pen na Europa (Le Pen bem que gostaria de erguer um muro entre a França e o resto da Europa, já o afirmou uma vez!).
quarta-feira, janeiro 21, 2004
Astrologia subsidiada pelo Estado II
Mais tempo de antena para a astrologia do que para o Judaísmo e o Islão
A astrologia como é apresentada pela Sra. Cristina Candeias na "Praça da Alegria" não pode ser considerada como uma rubrica de entretenimento. A Sra. Cristina Candeias publicou um livro recentemente, “Karma e felicidade” - com a ajuda de publicidade que lhe aufere a sua participação na “Praça da Alegria” – onde a astrologia não é de todo tratada como entretenimento. É tratado antes como um assunto “muito serio”. Aliás numa das últimas emissões da Praça da Alegria ainda apresentadas pelo Sr. Luís Goucha, a Sra. Cristina Candeias disse em directo que aquilo era “trabalho e assuntos muito sérios”. Fora da RTP, os clientes da Sra. Candeias quando recorrem às suas consultas não vão em busca de entretenimento, vão em busca de uma solução para os seus problemas através da astrologia. Na sua rubrica da RTP nada muda, a Sra. Cristina Candeias não está a fazer entretenimento está ali para resolver os problemas dos espectadores.
A astrologia é uma actividade que recorre à ciência (astronomia e astrofísica) para recriar o universo de um ponto de vista espiritual. Tal como o fazem a cientologia, o centro de estudos gnósticos, os raelianos, etc. É esta característica que distingue estas actividades espirituais daquelas a que chamamos religiões e que geralmente são associadas à existência de divindades transcendentais. Assim, a rubrica de astrologia da Sra. Cristina Candeias não deve ser considerada nem como entretenimento nem como ciência, mas sim como actividade espiritual. Como actividade espiritual, a referida rubrica de astrologia está claramente em violação da Lei da Liberdade Religiosa pois a astrologia ficou de fora das várias religiões e grupos espirituais a quem, segundo os critérios do Estado Português, seriam concedidos alguns privilégios nos órgãos de comunicação social estatais. Segundo esta lei os meios de comunicação públicos deverão atribuir tempo de antena às diversas confissões religiosas segundo a sua representatividade (Lei nº 31- A/98). Neste momento a astróloga Cristina Candeias tem tempo de antena para divulgar a astrologia semelhante ao da própria igreja católica (a religião mais representativa em Portugal) e claramente superior ao tempo disponibilizado à religião muçulmana e ao judaísmo, por exemplo.
Depois do que foi exposto no texto precedente, esta é provavelmente a segunda violação à lei na mesma rubrica de astrologia. E o Estado a subsidiar isto...
Astrologia subsidiada pelo Estado I
A astrologia como é apresentada pela Sra. Cristina Candeias na "Praça da Alegria" não pode ser considerada como uma rubrica de entretenimento. A Sra. Cristina Candeias publicou um livro recentemente, “Karma e felicidade” - com a ajuda de publicidade que lhe aufere a sua participação na “Praça da Alegria” – onde a astrologia não é de todo tratada como entretenimento. É tratado antes como um assunto “muito serio”. Aliás numa das últimas emissões da Praça da Alegria ainda apresentadas pelo Sr. Luís Goucha, a Sra. Cristina Candeias disse em directo que aquilo era “trabalho e assuntos muito sérios”. Fora da RTP, os clientes da Sra. Candeias quando recorrem às suas consultas não vão em busca de entretenimento, vão em busca de uma solução para os seus problemas através da astrologia. Na sua rubrica da RTP nada muda, a Sra. Cristina Candeias não está a fazer entretenimento está ali para resolver os problemas dos espectadores.
A astrologia é uma actividade que recorre à ciência (astronomia e astrofísica) para recriar o universo de um ponto de vista espiritual. Tal como o fazem a cientologia, o centro de estudos gnósticos, os raelianos, etc. É esta característica que distingue estas actividades espirituais daquelas a que chamamos religiões e que geralmente são associadas à existência de divindades transcendentais. Assim, a rubrica de astrologia da Sra. Cristina Candeias não deve ser considerada nem como entretenimento nem como ciência, mas sim como actividade espiritual. Como actividade espiritual, a referida rubrica de astrologia está claramente em violação da Lei da Liberdade Religiosa pois a astrologia ficou de fora das várias religiões e grupos espirituais a quem, segundo os critérios do Estado Português, seriam concedidos alguns privilégios nos órgãos de comunicação social estatais. Segundo esta lei os meios de comunicação públicos deverão atribuir tempo de antena às diversas confissões religiosas segundo a sua representatividade (Lei nº 31- A/98). Neste momento a astróloga Cristina Candeias tem tempo de antena para divulgar a astrologia semelhante ao da própria igreja católica (a religião mais representativa em Portugal) e claramente superior ao tempo disponibilizado à religião muçulmana e ao judaísmo, por exemplo.
Depois do que foi exposto no texto precedente, esta é provavelmente a segunda violação à lei na mesma rubrica de astrologia. E o Estado a subsidiar isto...
Astrologia subsidiada pelo Estado I
terça-feira, janeiro 20, 2004
Astrologia subsidiada pelo Estado I
Paga pelo Estado para fazer publicidade à sua astrologia!
A Sra. Cristina Candeias, astróloga do programa diário da RTP, "Praça da Alegria", no qual tem cerca de 15 minutos de tempo de antena todos os dias, pratica uma actividade profissional individual colectável pelas finanças públicas. Na "Praça da Alegria" a referida senhora não fala de astrologia de um modo abstracto e geral, mas de uma forma bastante personalizada, levando inclusive consigo o seu computador pessoal – instrumento do qual se serve para dar respostas aos telespectadores - que utiliza igualmente nas suas consultas privadas.
No caso de outros profissionais liberais como médicos ou psicólogos, a sua participação em programas de televisão é limitada à divulgação ou à informação de assuntos específicos, mesmo quando existem rubricas com a participação em directo de telespectadores ao telefone. As respostas dadas aos espectadores pelos profissionais são sempre no âmbito do assunto de debate do programa e nunca no âmbito de uma consulta efectuada em directo, como é o caso da Sra. Cristina Candeias.
Como a participação da senhora Cristina Candeias consiste em efectuar consultas em directo (como está escrito na primeira página do seu livro “Karma e felicidade”) e não em debater ou em divulgar qualquer assunto relacionado com a astrologia, não deveria ser a RTP a pagar à Sra. Cristina Candeias, mas sim esta senhora a pagar à RTP por fazer publicidade às suas consultas, com a obrigatoriedade de afixação da referência “pub” no canto do écran.
Estamos perante uma ilegalidade ou não estamos? (continua)
A Sra. Cristina Candeias, astróloga do programa diário da RTP, "Praça da Alegria", no qual tem cerca de 15 minutos de tempo de antena todos os dias, pratica uma actividade profissional individual colectável pelas finanças públicas. Na "Praça da Alegria" a referida senhora não fala de astrologia de um modo abstracto e geral, mas de uma forma bastante personalizada, levando inclusive consigo o seu computador pessoal – instrumento do qual se serve para dar respostas aos telespectadores - que utiliza igualmente nas suas consultas privadas.
No caso de outros profissionais liberais como médicos ou psicólogos, a sua participação em programas de televisão é limitada à divulgação ou à informação de assuntos específicos, mesmo quando existem rubricas com a participação em directo de telespectadores ao telefone. As respostas dadas aos espectadores pelos profissionais são sempre no âmbito do assunto de debate do programa e nunca no âmbito de uma consulta efectuada em directo, como é o caso da Sra. Cristina Candeias.
Como a participação da senhora Cristina Candeias consiste em efectuar consultas em directo (como está escrito na primeira página do seu livro “Karma e felicidade”) e não em debater ou em divulgar qualquer assunto relacionado com a astrologia, não deveria ser a RTP a pagar à Sra. Cristina Candeias, mas sim esta senhora a pagar à RTP por fazer publicidade às suas consultas, com a obrigatoriedade de afixação da referência “pub” no canto do écran.
Estamos perante uma ilegalidade ou não estamos? (continua)
sábado, janeiro 17, 2004
sexta-feira, janeiro 16, 2004
Le sexe des femmes hoje na ARTE
O excelente canal ARTE, um verdadeiro serviço público europeu, transmite hoje mais uma das suas soirées théma intitulada: Le sexe des femmes. Começa às 21.15 hora de Portugal.
Excitação marciana
Nas últimas 24 horas, o mundo da exploração espacial viveu um frenesim a fazer lembrar os velhos tempos da guerra fria. Anúncios ambiciosos de missões à Lua e a Marte da parte dos EUA, com os Russos a responderem de imediato anunciando que chegariam a Marte em menos tempo (em 10 anos) e por um preço dez vezes inferior. Isto chegou ao ponto de Jean Jacques Dordain, o director da Agência Espacial Europeia (ESA), dar uma conferência de imprensa sobre o assunto. Apesar da ESA já ter o seu programa (Aurora) a decorrer para colocar um homem em Marte entre 2030 e 2033, Jean Jacques Dordain aproveitou a excitação criada pelo momento para relembrar a importância da Europa investir mais dinheiro na ESA.
quinta-feira, janeiro 15, 2004
Excesso de velocidade: há esperança!
O Nuno da Aba de Heisenberg tem escrito uma série de artigos muito bem fundamentados sobre segurança rodoviária desmontando alguma fanfarronice de Miguel Sousa Tavares (MST) quando este fala da demasiada importância que se dá ao excesso de velocidade (é que MST é um grande piloto e os grandes pilotos não cometem erros nem quando andam a 300 km/h).
A última vez que circulei na auto-estrada dei por mim a pensar na teoria de João Magueijo. Não é que o João tem a solução para o excesso de velocidade nas auto-estradas! Presentemente, bem vistas as coisas, a velocidade máxima praticada nas auto-estradas portuguesas é de 300 000 km/s (a velocidade da luz). Mas como a teoria de João Magueijo prevê que a velocidade da luz é variável e como a mesma teoria sugere que a velocidade da luz tem vindo a diminuir desde a criação do Universo, isso dá-nos alguma esperança de que um dia o limite de velocidade seja imposto nas nossas auto-estradas pelas leis da física! Assim no futuro, se a velocidade da luz diminuir até perto dos 120 km/h, os efeitos relativísticos impedirão os nossos condutores de ultrapassar o limite de velocidade nas auto-estradas. Obviamente, os referidos efeitos são: o carro ultrapassa os faróis e desintegra-se!
A última vez que circulei na auto-estrada dei por mim a pensar na teoria de João Magueijo. Não é que o João tem a solução para o excesso de velocidade nas auto-estradas! Presentemente, bem vistas as coisas, a velocidade máxima praticada nas auto-estradas portuguesas é de 300 000 km/s (a velocidade da luz). Mas como a teoria de João Magueijo prevê que a velocidade da luz é variável e como a mesma teoria sugere que a velocidade da luz tem vindo a diminuir desde a criação do Universo, isso dá-nos alguma esperança de que um dia o limite de velocidade seja imposto nas nossas auto-estradas pelas leis da física! Assim no futuro, se a velocidade da luz diminuir até perto dos 120 km/h, os efeitos relativísticos impedirão os nossos condutores de ultrapassar o limite de velocidade nas auto-estradas. Obviamente, os referidos efeitos são: o carro ultrapassa os faróis e desintegra-se!
terça-feira, janeiro 13, 2004
EUA: Paranóia vs Ciência
Ao lermos este artigo da IEEE Spectrum ficamos com a sensação de que a ciência que é desenvolvida nos EUA é uma das principais vítimas da paranóica luta contra o terrorismo. Podemos ler a saga do investigador Zia Mian da Universidade de Princeton, cidadão britânico, mas nascido no Paquistão, cada vez que viaja para fora dos EUA seja para passar férias, seja para participar em projectos de investigação. O autor do artigo descreve ainda situações caricatas, mas que devem ser revoltantes para os visados:
"...the measures have led to troubling incidents in which students have been harassed or detained by immigration officials (...) students have had to delay their studies because they're unable to schedule consular interviews; students who'd left the United States for vacation or family emergencies have been denied re-entry; and invited speakers have been unable to obtain visas in time to give scheduled talks."
A frase seguinte é bem ilustrativa de que as consequências da luta contra o terrorismo andam bem mais próximas dos objectivos pretendidos pelos terroristas do 11 de Setembro do que dos objectivos fundadores dos Estados Unidos da América.
"Professors have told me they have lost graduate students or postdocs, who went to Europe instead. People are beginning to think of holding their meetings outside the United States"
Este texto vem a propósito do artigo "Imigração" do Nuno Mota Pinto do Mar Salgado que me parece estar a pintar a cor-de-rosa aquilo que me parece mais uma emenda esfarrapada da Administração Americana para remediar este tipo de problemas.
"...the measures have led to troubling incidents in which students have been harassed or detained by immigration officials (...) students have had to delay their studies because they're unable to schedule consular interviews; students who'd left the United States for vacation or family emergencies have been denied re-entry; and invited speakers have been unable to obtain visas in time to give scheduled talks."
A frase seguinte é bem ilustrativa de que as consequências da luta contra o terrorismo andam bem mais próximas dos objectivos pretendidos pelos terroristas do 11 de Setembro do que dos objectivos fundadores dos Estados Unidos da América.
"Professors have told me they have lost graduate students or postdocs, who went to Europe instead. People are beginning to think of holding their meetings outside the United States"
Este texto vem a propósito do artigo "Imigração" do Nuno Mota Pinto do Mar Salgado que me parece estar a pintar a cor-de-rosa aquilo que me parece mais uma emenda esfarrapada da Administração Americana para remediar este tipo de problemas.
Fairy é melhor
Eu que era um cliente fervoroso do Super-pop e do Palmolive rendi-me às evidências, o Fairy é mesmo melhor!
Há alguns dias acabou-se-me inesperadamente o Palmolive e perante uma pilha de loiça descomunal fui a correr à mercearia do rés-do-chão. Só havia Fairy. Eu que nunca tinha traído os meus lava-loiças com um lava-loiças espanhol, não tive alternativa e comprei mesmo o Fairy. Agora que experimentei o Fairy, contra as minhas mais profundas convicções, sou obrigado a admitir que esse líquido espanhol de um amarelo duvidoso é mesmo melhor!
Há alguns dias acabou-se-me inesperadamente o Palmolive e perante uma pilha de loiça descomunal fui a correr à mercearia do rés-do-chão. Só havia Fairy. Eu que nunca tinha traído os meus lava-loiças com um lava-loiças espanhol, não tive alternativa e comprei mesmo o Fairy. Agora que experimentei o Fairy, contra as minhas mais profundas convicções, sou obrigado a admitir que esse líquido espanhol de um amarelo duvidoso é mesmo melhor!
segunda-feira, janeiro 12, 2004
A EN1 está a ganhar a Batalha
O Vila Dianteira passou pela Batalha e verificou como num dia de chuva as "Capelas Imperfeitas" oferecem um espectáculo deprimente e degradante, como já aqui tinha referido no texto "Portugal Único 4". Tal como diz António ficamos com a sensação de que algo não está a correr bem na gestão do Mosteiro da Batalha. As próprias paredes exteriores, que me recordo terem sido limpas há alguns anos, estão a ficar negras. Quem contempla o Mosteiro de longe começa a reparar que está a ficar negro. A EN1 que passa a algumas dezenas de metros do Mosteiro não está inocente nesta história. A própria EN1 já é uma estrada vergonhosa em si (em breve na Klepsýdra analisaremos mais a sério a EN1), mas o volume de tráfego que passa em frente ao Mosteiro é criminoso. Para muito contribui a política errada de portagens nas auto-estradas (em vez de se taxar os combustíveis) que faz com que os veículos mais problemáticos como os camiões circulem preferencialmente pelas piores estradas, neste caso a EN1. A auto-estrada fica para os BMW e os Jaguares.
Se a EN1 deixasse de ser um eixo principal e passasse a ser uma estrada secundária como já deveria ter acontecido há muito tempo, aquele troço de estrada em frente ao Mosteiro que dá uma bela panorâmica da Batalha, poderia ser devolvido ao trânsito local e ao turismo. Deste modo poupava-se o Mosteiro da Batalha de emissões de escape de dezenas de milhar de veículos que passam por ali diariamente.
Se a EN1 deixasse de ser um eixo principal e passasse a ser uma estrada secundária como já deveria ter acontecido há muito tempo, aquele troço de estrada em frente ao Mosteiro que dá uma bela panorâmica da Batalha, poderia ser devolvido ao trânsito local e ao turismo. Deste modo poupava-se o Mosteiro da Batalha de emissões de escape de dezenas de milhar de veículos que passam por ali diariamente.
domingo, janeiro 11, 2004
Educação rasca
Lembram-se do Big Brother nos manuais escolares? Depois dos editores terem removido dos manuais a referência ao concurso descobre-se que o pesadelo não acabou:
"...outro manual da mesma disciplina (Português), da autoria de Ana Isabel Serpa e outros, editado pela Areal Editores, traz nas páginas 64 e 65 horóscopos de um conhecido astrólogo das nossas televisões, com indicação do nome do autor e respectivo endereço electrónico (novas técnicas publicitárias?), e aparentemente ninguém se escandalizou o suficiente para denunciar o facto. "
Carta do leitor José Batista da Ascenção, Público, 5 de Janeiro de 2004
Vale a pena reclamar: areal@arealeditores.pt ou Areal Editores
"...outro manual da mesma disciplina (Português), da autoria de Ana Isabel Serpa e outros, editado pela Areal Editores, traz nas páginas 64 e 65 horóscopos de um conhecido astrólogo das nossas televisões, com indicação do nome do autor e respectivo endereço electrónico (novas técnicas publicitárias?), e aparentemente ninguém se escandalizou o suficiente para denunciar o facto. "
Carta do leitor José Batista da Ascenção, Público, 5 de Janeiro de 2004
Vale a pena reclamar: areal@arealeditores.pt ou Areal Editores
sexta-feira, janeiro 09, 2004
A Terra ataca!
O silêncio da Beagle 2 continua. É pena para os meus colegas do programa MAGIC cujo projecto dependia da análise dos dados provenientes desta sonda. No entanto nem tudo se perdeu e a Mars Express está a começar a sua missão de prospecção de água no subsolo marciano.
Desde dia 4 que a Spirit já mexe e capta pela primeira vez imagens que mostram as verdadeiras cores do solo marciano. As cores presentes nas anteriores imagens de Marte foram sempre extrapoladas de outros comprimentos de onda. O meu querido amigo já divulgou a ligação para o foto-diário da Spirit. Dia 25 segue-se a Opportunity, que é uma espécie de irmã da Spirit.
A excelente revista de divulgação Ciet et Espace traz este mês um dossier bastante completo onde são descritas todas as missões e um vistoso calendário para 2004 com todos os eventos astronómicos do ano.
A Beagle 2 continua em silêncio.
(Imagem artística do sítio da ESA)
Desde dia 4 que a Spirit já mexe e capta pela primeira vez imagens que mostram as verdadeiras cores do solo marciano. As cores presentes nas anteriores imagens de Marte foram sempre extrapoladas de outros comprimentos de onda. O meu querido amigo já divulgou a ligação para o foto-diário da Spirit. Dia 25 segue-se a Opportunity, que é uma espécie de irmã da Spirit.
A excelente revista de divulgação Ciet et Espace traz este mês um dossier bastante completo onde são descritas todas as missões e um vistoso calendário para 2004 com todos os eventos astronómicos do ano.
A Beagle 2 continua em silêncio.
(Imagem artística do sítio da ESA)
quinta-feira, janeiro 08, 2004
Imigração
O texto "ESTRANGEIROS E EMIGRANTES" do Aviz aborda o tema da imigração sobre várias vertentes. Sobre a forma como tratamos os imigrantes que trabalham em Portugal o mais grave quanto a mim nem são tanto as posições adoptadas pelo PP sobre a matéria, que são mais verborreia populista do que outra coisa. O que nos deveria peocupar é a maneira desorganizada e irresponsável como tratamos todas as questões burocráticas que deveriam permitir aos estrangeiros viver com um mínimo de normalidade (já nem digo conforto) no nosso país. Desde o visto de residência até à abertura de uma simples conta bancária os imigrantes passam por autênticas aventuras dignas de um romance de Franz Kafka. O pior é que este problema está acima das posições e ideologias políticas. É desorganização pura. É incompetência que vai desde o director do SEF até ao simples funcionário que acham normal que um imigrante esteja 14 meses à espera para ver renovado o seu visto de residência.
Julgo que muitos dos altos responsáveis políticos nem sequer se dão conta da gravidade da situação. É tão grave que cidadãos estrangeiros que querem investir em Portugal, criando emprego e riqueza, passam por processos burocráticos inacreditáveis que os faz criar anticorpos ao nosso país desde o primeiro encontro imediato com nossa administração. Muitos desistem e vão-se embora. Outros ficam, guardando sempre uma margem de desconfiança em relação a tudo, mas à mínima oportunidade de investir noutro país não hesitam em fechar portas e partir para países onde sejam tratados com dignidade. Há um caso de um cidadão britânico que após o estado português ter exigido que a sua viatura de matrícula estrangeira pagasse o imposto automóvel - o estado português ilegalmente, contra as regras do mercado Europeu, exige que as viaturas compradas na UE paguem imposto automóvel - se irritou a tal ponto que fechou a sua pequena empresa e foi investir noutro país.
Felicidade africana
Ainda sobre o texto do Aviz, gostei muito dessa definição de felicidade africana: "escrevi um livro com o título Lourenço Marques, em que defendi o direito de os portugueses assumirem a sua margem de felicidade africana – não deve haver preconceitos". É fantástico quando encontramos portugueses que são capazes de olhar para o passado colonial sem preconceitos mas com lucidez. Infelizmente a grande parte guardou muito rancor e um racismo pouco domesticado.
Ler texto anterior sobre a imigração
Julgo que muitos dos altos responsáveis políticos nem sequer se dão conta da gravidade da situação. É tão grave que cidadãos estrangeiros que querem investir em Portugal, criando emprego e riqueza, passam por processos burocráticos inacreditáveis que os faz criar anticorpos ao nosso país desde o primeiro encontro imediato com nossa administração. Muitos desistem e vão-se embora. Outros ficam, guardando sempre uma margem de desconfiança em relação a tudo, mas à mínima oportunidade de investir noutro país não hesitam em fechar portas e partir para países onde sejam tratados com dignidade. Há um caso de um cidadão britânico que após o estado português ter exigido que a sua viatura de matrícula estrangeira pagasse o imposto automóvel - o estado português ilegalmente, contra as regras do mercado Europeu, exige que as viaturas compradas na UE paguem imposto automóvel - se irritou a tal ponto que fechou a sua pequena empresa e foi investir noutro país.
Felicidade africana
Ainda sobre o texto do Aviz, gostei muito dessa definição de felicidade africana: "escrevi um livro com o título Lourenço Marques, em que defendi o direito de os portugueses assumirem a sua margem de felicidade africana – não deve haver preconceitos". É fantástico quando encontramos portugueses que são capazes de olhar para o passado colonial sem preconceitos mas com lucidez. Infelizmente a grande parte guardou muito rancor e um racismo pouco domesticado.
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quarta-feira, janeiro 07, 2004
"Guerra das Estrelas" na ARTE
Hoje, às 19.45 a ARTE emite um interessante documentário sobre a militarização do espaço, desde a "Guerra das Estrelas" do tempo de Reagan até aos novos planos de criação de um escudo anti-míssil sobre o território dos EUA.
domingo, janeiro 04, 2004
Relogio "Astronomico" de Olomouc
Na regiao da Moravia, no sul da Rep. Checa, existe um relogio astronomico verdadeiramente insolito. Tal como em Praga ou em Estrasburgo, a catedral da cidade de Olomouc possui um relogio astronomico que da' as habituais informacoes desde a hora exacta ate 'a posicao da terra em relacao ao sol. A grande diferenca e' que enquanto nos relogios de Praga e de Estrasburgo as badaladas dos quartos de hora, meia hora e hora sao dadas por figuras biblicas, culminando com um desfile dos doze apostolos no exterior do relogio durante as badaladas do meio dia, no relogio de Olomouc estas figuras sao substituidas por figuras, digamos, proletarias... As badaladas em Olomouc sao dadas por dois ferreiros e ao meio dia, em vez do desfile de apostolos, desfilam um campones, uma professora, um mecanico, um carpinteiro, etc. Neste sitio conta-se a historia deste relogio que e' uma verdadeira "perola" dos tempos do comunismo.
sábado, janeiro 03, 2004
Desporto de fim de ano em Estrasburgo
Em Estrasburgo existe um desporto de mau gosto que consiste em queimar carros durante a passagem do ano. Sao rapazes que fazem questao de mostrar a sua rebeldia desta maneira. Da mesma forma que as raparigas mostram a sua rebeldia usando o "foulard". As vitimas sao em geral trabalhadores mal pagos que vivem em bairros pobres (as cites) e que muito a custo compram uma carcaca com rodas. Perante a impotencia de fazer algo contra este tipo de acontecimentos resta a vinganca de votar na extrema direita, mesmo nao gostando de Le Pen. Eu conheci pessoas que o fizeram por vinganca, pessoas de origem estrangeira ainda por cima. Este e' um problema pesadissimo da sociedade francesa que tanto a direita como a esquerda sao incapazes de resolver. A direita tem falhado com a sua politica exclusivamente securitaria e a esquerda finge que o problema nao existe (ler "La Gauche contre le peuple"). Quem aproveita e' Le Pen. Por isso, o resultado das ultimas presidenciais francesas que chocou tanta gente, nao me surpreendeu em nada, so me surpreenderam as sondagens que foram publicadas antes. Infelizmente parece-me que tanto a direita como a esquerda nada aprenderam desse vergonhoso resultado.
sexta-feira, janeiro 02, 2004
Aberracäo: Embaixada dos EUA em Bratislava
A Embaixada dos EUA em Bratislava fica situada na praca central da cidade que é ladeada por duas avenidas. Há cerca de um ano a avenida do lado onde fica a embaixada foi cortada ao transito por causa do terrorismo... Imaginem o equivalente em Portugal, o Rossio com um lado cortado ao transito por inestéticos blocos de cimento, vedacoes e arame farpado, onde meia dúzia de gorilas armados até aos dentes se passeiam de um lado para o outro a olhar de alto a baixo os transeuntes que passam por perto. Obviamente que este tipo de atitudes só fazem aumentar o anti-americanismo nos países de leste.
Na noite de passagem de ano a praca estava a abarrotar e estoiravam petardos muito perto da embaixada. E se algum desses petardos fosse lancado lá para dentro seja por brincadeira, seja por provocacao? Iriam fazer o que? Lancar gás lacrimogéneo? Disparar sobre a multidao?
O mundo é perigoso, mas os nossos aliados americanos parece que andam empenhados em o tornar ainda mais perigoso.
Na noite de passagem de ano a praca estava a abarrotar e estoiravam petardos muito perto da embaixada. E se algum desses petardos fosse lancado lá para dentro seja por brincadeira, seja por provocacao? Iriam fazer o que? Lancar gás lacrimogéneo? Disparar sobre a multidao?
O mundo é perigoso, mas os nossos aliados americanos parece que andam empenhados em o tornar ainda mais perigoso.
Bom 2004
Eu e o Gregor aqui dos 5 graus negativos que nos gelam violentamente as extremidades do corpo, desejamos um bom ano de 2004 para o Nuno, nosso companheiro bloguista que tem uma gaita nova.
Bom ano também para os nossos leitores e para todos os blogues, inclusivé para aqueles com quem nos "pegamos" às vezes.
Bom ano também para os nossos leitores e para todos os blogues, inclusivé para aqueles com quem nos "pegamos" às vezes.
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