(publicado no O Figueirense de 14/01/2011)
O orçamento apresentado pelo executivo camarário é o orçamento de uma autarquia a bater no muro. Com cerca de 80 milhões de euros em dívida, as soluções que se apresentavam ao executivo oscilavam entre o mau e o muito mau. A principal solução deste orçamento consiste num empréstimo de 31 milhões de euros para pagamento de dívidas a terceiros. Na prática esta operação transfere a dívida para a banca e adia a sua liquidação para 2023, acrescida de 6,5% de juros. Serão sobretudo os figueirenses mais jovens quem vai sofrer as consequências desta decisão.
No momento em que vamos começar a pagar a sério a factura dos exageros do passado, os figueirenses devem estar conscientes que esses exageros se estendem até aos tempos em que a dispendiosa agenda política de Santana Lopes se cruzou com os destinos do município. O tempo das cigarras acabou. Sabíamos que estes iriam ser tempos difíceis para a Figueira, espero por isso que o actual presidente, por pressões internas ou externas, não se sinta na obrigação de apresentar uma obra simbólica do seu mandato, um mamarracho de betão ou uma paisagem subtropical artificial. De obras inúteis e efémeras a Figueira já teve a sua dose.
A equação é quase impossível. Sem margem para investimento, é necessário criar dinamismo económico e garantir a protecção social. Por isso, admitindo que a solução do empréstimo é a menos má e dado o avultado lucro que este representa para a banca, não teria sido possível negociar contrapartidas totalmente legítimas para os figueirenses? Não se poderia ter negociado o recurso ao crédito ou micro-crédito em condições mais favoráveis para investidores individuais, comércio, pequenas empresas, espaços culturais e educacionais do nosso concelho? A estagnação do investimento camarário poderia ser compensada desta forma, facilitando a criação de novos negócios e por conseguinte a criação de emprego. Em tempos difíceis, seria uma pequena grande ajuda para quem pretende abrir ou renovar um café, uma papelaria, uma banca num mercado, um infantário ou uma associação cultural e recreativa em qualquer freguesia do nosso concelho.
Infelizmente, a história repete-se e a banca mais uma vez fica a ganhar. Desta vez será à custa dos figueirenses mais jovens, quando a função da banca deveria ser a de ajudar a financiar o futuro dos jovens.
O orçamento apresentado pelo executivo camarário é o orçamento de uma autarquia a bater no muro. Com cerca de 80 milhões de euros em dívida, as soluções que se apresentavam ao executivo oscilavam entre o mau e o muito mau. A principal solução deste orçamento consiste num empréstimo de 31 milhões de euros para pagamento de dívidas a terceiros. Na prática esta operação transfere a dívida para a banca e adia a sua liquidação para 2023, acrescida de 6,5% de juros. Serão sobretudo os figueirenses mais jovens quem vai sofrer as consequências desta decisão.
No momento em que vamos começar a pagar a sério a factura dos exageros do passado, os figueirenses devem estar conscientes que esses exageros se estendem até aos tempos em que a dispendiosa agenda política de Santana Lopes se cruzou com os destinos do município. O tempo das cigarras acabou. Sabíamos que estes iriam ser tempos difíceis para a Figueira, espero por isso que o actual presidente, por pressões internas ou externas, não se sinta na obrigação de apresentar uma obra simbólica do seu mandato, um mamarracho de betão ou uma paisagem subtropical artificial. De obras inúteis e efémeras a Figueira já teve a sua dose.
A equação é quase impossível. Sem margem para investimento, é necessário criar dinamismo económico e garantir a protecção social. Por isso, admitindo que a solução do empréstimo é a menos má e dado o avultado lucro que este representa para a banca, não teria sido possível negociar contrapartidas totalmente legítimas para os figueirenses? Não se poderia ter negociado o recurso ao crédito ou micro-crédito em condições mais favoráveis para investidores individuais, comércio, pequenas empresas, espaços culturais e educacionais do nosso concelho? A estagnação do investimento camarário poderia ser compensada desta forma, facilitando a criação de novos negócios e por conseguinte a criação de emprego. Em tempos difíceis, seria uma pequena grande ajuda para quem pretende abrir ou renovar um café, uma papelaria, uma banca num mercado, um infantário ou uma associação cultural e recreativa em qualquer freguesia do nosso concelho.
Infelizmente, a história repete-se e a banca mais uma vez fica a ganhar. Desta vez será à custa dos figueirenses mais jovens, quando a função da banca deveria ser a de ajudar a financiar o futuro dos jovens.
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