Portugal apresenta uma especificidade tenebrosa em termos de violência. Se no espaço público Portugal é um dos países mais calmos do mundo - recentemente Portugal foi considerado o 15° país menos violento entre cerca de 140 países do mundo e quem viaja muito verifica que isso é verdade - dentro de portas entre marido e mulher, entre pais e filhos, entre familiares e amigos somos uns ases a malhar no próximo. O machismo, o marialvismo, a incapacidade de comunicação, a ameaça como moeda de troca do respeito e o alcoolismo socialmente tolerado são marcas que ainda não desapareceram da má educação dos tempos do Estado Novo, como nos mostra aquela terrível estatística que nos coloca de longe em último lugar da Europa na classificação do nível educacional.
Apesar da honrosa declaração saída hoje da Assembleia da República, não tenho grandes ilusões, este é um problema que se paga em gerações. Amanhã mesmo milhares de crianças e de mulheres vão temer o momento de rodar a chave ao regressar a casa, é mais perigoso abrir a porta de casa do que andar na estrada...
Apesar da honrosa declaração saída hoje da Assembleia da República, não tenho grandes ilusões, este é um problema que se paga em gerações. Amanhã mesmo milhares de crianças e de mulheres vão temer o momento de rodar a chave ao regressar a casa, é mais perigoso abrir a porta de casa do que andar na estrada...
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