Samantha Cristoforetti (Itália), Alexander Gerst (Alemanha), Andreas Mogensen (Dinamarca), Luca Parmitano (Itália), Timothy Peake (Grã-Bretanha) e Thomas Pesquet (França) são os seis novos astronautas europeus revelados pela ESA no passado 25 de Maio. O processo de selecção que durou cerca de um ano, compreendeu uma série de rigorosos testes aos conhecimentos técnicos e científicos dos candidatos, testes psicológicos, análises médicas e testes físicos. A primeira triagem começou por uma análise médica a vários parâmetros físicos dos candidatos a astronauta: análises ao sangue, ritmo cardíaco, visão, etc. Após estas análises a ESA deu como aptos 8413 candidatos de toda a Europa!
Os concursos para astronautas são muito raros. Este foi o primeiro concurso realizado pela ESA desde a adesão de Portugal à Agência, em Novembro de 2000. No entanto, apesar de ter sido a primeira oportunidade de candidatos de nacionalidade portuguesa poderem integrar o restrito corpo de astronautas da ESA, fomos 210 a passar as análises médicas, o que foi um bom resultado para um país da nossa dimensão. Infelizmente, a partir desta fase existe um grande abismo entre os países que investem a sério nesta área e os que nada investem, que é o nosso caso. Há muita coisa a fazer para podermos aspirar a ter um dia um astronauta. Por exemplo em "Carnet de bord d'un Cosmonaute", o cosmonauta francês Jean-Pierre Haigneré que participou em duas missões espaciais a bordo da estacção espacial Mir transmite uma boa ideia do extremo rigor do processo de selecção. Nesta obra o cosmonauta agradece várias vezes às equipas de médicos, psicólogos e preparadores físicos do CNES (Centre National d'Etudes Spaciales) que ele considera determinantes para a sua selecção. Em Portugal este apoio não existe, pelo que será muito improvável que possamos ter um astronauta se nada for feito para prepararmos os nossos candidatos.
Aqui ficam alguns conselhos para os que desejarem passear no espaço um dia envergando um fato de astronauta da ESA:
- Não fumar. Os fumadores não passam nas análises médicas;
- Aprender várias línguas para além do inglês, de preferência o russo e o francês;
- Estar em forma. Um bom ritmo cardíaco é um ponto forte. A musculação pode ser desvantajosa. Ser muito alto é também uma desvantagem. Problemas de visão pouco significativos não eliminam os candidatos;
- Praticar vários desportos e actividades físicas, em especial a corrida, a natação, o mergulho e alguns desportos radicais como o pára-quedismo, a escalada ou a espeleologia;
- Experiência a pilotar de aviões. Não é obrigatório, mas é uma grande vantagem;
- Ter uma extraordinária capacidade de relacionamento com os colegas. Muito importante para as missões tripuladas de longa duração;
- Idade aconselhada entre os 27 e os 37;
- Obter diplomas em ciências exactas e em ciências da vida (ex: licenciatura em física e mestrado em psicologia);
- Carreira científica com trabalhos publicados em revistas da especialidade com arbitragem pelos pares;
- Destreza no manuseamento de dispositivos mecânicos, eléctricos e sensores.
Consultar aqui as biografias dos novos astronautas da ESA.
Os concursos para astronautas são muito raros. Este foi o primeiro concurso realizado pela ESA desde a adesão de Portugal à Agência, em Novembro de 2000. No entanto, apesar de ter sido a primeira oportunidade de candidatos de nacionalidade portuguesa poderem integrar o restrito corpo de astronautas da ESA, fomos 210 a passar as análises médicas, o que foi um bom resultado para um país da nossa dimensão. Infelizmente, a partir desta fase existe um grande abismo entre os países que investem a sério nesta área e os que nada investem, que é o nosso caso. Há muita coisa a fazer para podermos aspirar a ter um dia um astronauta. Por exemplo em "Carnet de bord d'un Cosmonaute", o cosmonauta francês Jean-Pierre Haigneré que participou em duas missões espaciais a bordo da estacção espacial Mir transmite uma boa ideia do extremo rigor do processo de selecção. Nesta obra o cosmonauta agradece várias vezes às equipas de médicos, psicólogos e preparadores físicos do CNES (Centre National d'Etudes Spaciales) que ele considera determinantes para a sua selecção. Em Portugal este apoio não existe, pelo que será muito improvável que possamos ter um astronauta se nada for feito para prepararmos os nossos candidatos.
Aqui ficam alguns conselhos para os que desejarem passear no espaço um dia envergando um fato de astronauta da ESA:
- Não fumar. Os fumadores não passam nas análises médicas;
- Aprender várias línguas para além do inglês, de preferência o russo e o francês;
- Estar em forma. Um bom ritmo cardíaco é um ponto forte. A musculação pode ser desvantajosa. Ser muito alto é também uma desvantagem. Problemas de visão pouco significativos não eliminam os candidatos;
- Praticar vários desportos e actividades físicas, em especial a corrida, a natação, o mergulho e alguns desportos radicais como o pára-quedismo, a escalada ou a espeleologia;
- Experiência a pilotar de aviões. Não é obrigatório, mas é uma grande vantagem;
- Ter uma extraordinária capacidade de relacionamento com os colegas. Muito importante para as missões tripuladas de longa duração;
- Idade aconselhada entre os 27 e os 37;
- Obter diplomas em ciências exactas e em ciências da vida (ex: licenciatura em física e mestrado em psicologia);
- Carreira científica com trabalhos publicados em revistas da especialidade com arbitragem pelos pares;
- Destreza no manuseamento de dispositivos mecânicos, eléctricos e sensores.
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