Há mais de 800 anos, a ria de Alvor foi invadida por embarcações de cruzados que ajudaram D. Sancho I a conquistar o castelo aí edificado aos almóadas. Rezam as crónicas que a conquista de Alvor foi de extrema violência, mesmo para os padrões da época. Foi preciso esperar pelo século XXI para que tal nível de violência regressasse à ria de Alvor. Aprígio Santos lançou as máquinas à ria destruindo uma extensa parte de área protegida Natura 2000 através de terraplanagens, arranque e queimadas ilegais. A vida do maior empresário figueirense ilustra na perfeição o que foi a fúria betonizadora em nome da especulação imobiliária que grassou nas últimas décadas no nosso país. Gosto de pensar que a sua condenação pelo Tribunal de Portimão possa significar o princípio do fim desse ciclo.
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