(publicado no portal Esquerda)
Esta semana um painel de peritos da Comissão para a Energia Nuclear japonesa concluiu que vão ser necessárias várias décadas para limpar a região em quarentena em torno de Fukushima, ao contrário das expectativas mais optimistas que foram avançadas após o acidente. Em Portugal, Patrick Monteiro e Pedro Sampaio Nunes estiveram entre as vozes que mais minimizaram as consequências do acidente. Segundo o mesmo painel, só dentro de 10 anos será possível começar a remover as barras de combustível das unidades onde ocorreu a fusão dos reactores.
Está prevista a remoção de 4 cm de solo em vastas áreas da região que produzirá em cerca de 3 mil toneladas de lixo radioactivo, suficientes para encher 20 estádios de futebol. Nalgumas das cidades perto da central começaram a ser construídos depósitos temporários para destroços altamente contaminados resultantes do acidente que só estarão prontos dentro de três anos. Entretanto, este lixo radioactivo acumula-se nas mesmas cidades em condições de elevado risco para a saúde pública das populações. Só na cidade de Fukushima, situada a cerca de 50 km da central, acumula-se lixo radioactivo suficiente para encher 10 estádios de futebol.
Perante este cenário, as autoridades japonesas lançaram a proposta para transformar Fukushima em cemitério de lixo radioactivo do programa nuclear nipónico. Tal como a esmagadora maioria dos países com energia nuclear, o Japão ainda não decidiu qual a solução final a aplicar ao combustível radioactivo (perigoso durante cerca de 600 mil anos) produzido nas suas centrais. Por enquanto os resíduos mais perigosos são guardados junto às centrais situadas no norte da ilha de Honshu e em Tokaimura.
Esta decisão está a causar grande indignação entre os habitantes da região obrigados a evacuar os cerca de 50 mil lares à volta da central nuclear de Fukushima Daiichi. Alguns destes habitantes perderam os seus entes mais queridos durante o sismo, outros viram-se impedidos de procurar os seus familiares e amigos desaparecidos. Tal como tem sido escrito na imprensa da região, transformar a região em lixeira nuclear é impedir que milhares de japoneses concretizem o luto dos seus próximos com dignidade, estando impossibilitados de recorrer ao simbolismo dos seus pertences, dos lugares onde cresceram e viveram e dos corpos dos que nunca foram encontrados.
Esta semana um painel de peritos da Comissão para a Energia Nuclear japonesa concluiu que vão ser necessárias várias décadas para limpar a região em quarentena em torno de Fukushima, ao contrário das expectativas mais optimistas que foram avançadas após o acidente. Em Portugal, Patrick Monteiro e Pedro Sampaio Nunes estiveram entre as vozes que mais minimizaram as consequências do acidente. Segundo o mesmo painel, só dentro de 10 anos será possível começar a remover as barras de combustível das unidades onde ocorreu a fusão dos reactores.
Está prevista a remoção de 4 cm de solo em vastas áreas da região que produzirá em cerca de 3 mil toneladas de lixo radioactivo, suficientes para encher 20 estádios de futebol. Nalgumas das cidades perto da central começaram a ser construídos depósitos temporários para destroços altamente contaminados resultantes do acidente que só estarão prontos dentro de três anos. Entretanto, este lixo radioactivo acumula-se nas mesmas cidades em condições de elevado risco para a saúde pública das populações. Só na cidade de Fukushima, situada a cerca de 50 km da central, acumula-se lixo radioactivo suficiente para encher 10 estádios de futebol.
Perante este cenário, as autoridades japonesas lançaram a proposta para transformar Fukushima em cemitério de lixo radioactivo do programa nuclear nipónico. Tal como a esmagadora maioria dos países com energia nuclear, o Japão ainda não decidiu qual a solução final a aplicar ao combustível radioactivo (perigoso durante cerca de 600 mil anos) produzido nas suas centrais. Por enquanto os resíduos mais perigosos são guardados junto às centrais situadas no norte da ilha de Honshu e em Tokaimura.
Esta decisão está a causar grande indignação entre os habitantes da região obrigados a evacuar os cerca de 50 mil lares à volta da central nuclear de Fukushima Daiichi. Alguns destes habitantes perderam os seus entes mais queridos durante o sismo, outros viram-se impedidos de procurar os seus familiares e amigos desaparecidos. Tal como tem sido escrito na imprensa da região, transformar a região em lixeira nuclear é impedir que milhares de japoneses concretizem o luto dos seus próximos com dignidade, estando impossibilitados de recorrer ao simbolismo dos seus pertences, dos lugares onde cresceram e viveram e dos corpos dos que nunca foram encontrados.
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