Em "To the Castle and Back", Vaclav Havel critica uma despropositada carga da polícia checa sobre jovens manifestantes, num episódio ocorrido já depois do fim da era comunista. Havel lamenta-se que aquela intervenção teve como principal resultado cavar um fosso entre o estado e os jovens, separando-os, fazendo com que uns e outros não sintam que pertencem à mesma equipa.
Conheço mal Londres, mas quando estive em Birmingham foi para mim muito claro que os seus habitantes já não pertenciam à mesma equipa. Já havia gente de costas voltadas, havia o nós e os outros, a fazer lembrar o divórcio entre as cités e a sociedade francesa. A diferença é que em França os guetos foram criados por decreto no tempo de Pompidou e no Reino Unido foi a mão invisível que foi empurrando gente desempregada, gente em situação precária, com os mesmos problemas, para os mesmos bairros.
Depois acabar com os bairros da lata, o próximo passo da Europa deverá ser acabar com os guetos. Misturar ricos e pobres, cultos e menos escolarizados, imigrantes e autóctones, fazer-lhes sentir que as cidades pertencem a todos e que são um espaço de partilha.
Conheço mal Londres, mas quando estive em Birmingham foi para mim muito claro que os seus habitantes já não pertenciam à mesma equipa. Já havia gente de costas voltadas, havia o nós e os outros, a fazer lembrar o divórcio entre as cités e a sociedade francesa. A diferença é que em França os guetos foram criados por decreto no tempo de Pompidou e no Reino Unido foi a mão invisível que foi empurrando gente desempregada, gente em situação precária, com os mesmos problemas, para os mesmos bairros.
Depois acabar com os bairros da lata, o próximo passo da Europa deverá ser acabar com os guetos. Misturar ricos e pobres, cultos e menos escolarizados, imigrantes e autóctones, fazer-lhes sentir que as cidades pertencem a todos e que são um espaço de partilha.
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