Neste texto de Pacheco Pereira em que se nega a crise mundial insinuando que a crise atinge apenas os EUA e a Europa e não a Ásia, onde a mesma Ásia surge como um exemplo de maior purismo ideológico ultraliberal (embora não perfeito), aparece ali no cabeçalho com grande pompa a torre Burj do Dubai. Este tipo de ideias foram reproduzidas por outros blogues que seguem a ideologia expressa no Abrupto mas com muito menos brilhantismo. Uns viajaram ao Médio Oriente e ficaram maravilhados, outros limitaram-se a pendurar nos seus blogues belas imagens do esplendor do Dubai. No entanto, já nessa altura os mercados financeiros do Dubai estavam em grandes dificuldades, mas a distracção é tal... E foram os mesmos mercados financeiros, o cerne da filosofia ultraliberal, os principais responsáveis pela crise e pela implosão do Dubai. Com mais ou menos impacto a crise alastrou-se fortemente a todos os principais mercados financeiros da Ásia e hoje mesmo mercados como o de Singapura estão em sérias dificuldades.
Tentar ver no Dubai um exemplo foi a fuga para a frente possível na altura. Hoje a realidade é mais complicada. Começa a ser cada vez mais difícil sustentar a orientação das economias em função dos caprichos dos mercados financeiros.
Tentar ver no Dubai um exemplo foi a fuga para a frente possível na altura. Hoje a realidade é mais complicada. Começa a ser cada vez mais difícil sustentar a orientação das economias em função dos caprichos dos mercados financeiros.
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