sexta-feira, julho 24, 2009

O meu Tour sem comprimidos

É difícil ganhar a Volta à França contra a indústria farmacêutica de ponta e os especialistas das transfusões sanguíneas, é por isso que me dá um especial prazer a exibição destes rapazes:

Andy Schleck - Já o tinha topado o ano passado, é dos que atacam sempre na montanha quer tenha fôlego quer não tenha (uma espécie rara). Este ano voltou à carga, não teve respeito nenhum pela Astana, o que só o fez ganhar pontos na minha consideração. Atacou e estoirou, voltou a atacar e a estoirar, é o normal entre seres humanos que não tomam comprimidos. É o camisola amarela aqui da Klepsýdra à frente de Bradley Wiggins.

Mikel Astarloza - Entre os 10 primeiros o Mikel é o único que corre por amor à camisola. É por isso que é destemido a atacar e faz questão em dar pelo menos uma vitória ao País Basco. Este ano já lá canta uma etapa. Um dia gostava de o ver de amarelo no Tour, será certamente um momento em que se transcenderá a ele próprio em conjunto com toda a equipa Euskadi.


Christophe Moreau - O Christophe Moreau não tinha a mínima hipótese de discutir este Tour, mas à semelhança do que fez no passado continua um corredor combativo. Lembro-me que foi dos poucos a desafiar Amstrong nos gloriosos tempos em que andava pelo top ten. Pagou sempre a ousadia, mas pelo menos não se escondeu atrás do discurso "se atacasse ali..." da fila indiana que seguia que nem carneirinhos atrás do Amstrong. Este ano ninguém esperava por três classificações nos 10 primeiros na montanha e no contra-relógio. É o velho Moreau...

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