Cidade Fantasma, algures no Nevada, EUA, Agosto de 2001 |
Numa das mais recentes sextas-feiras, enquanto esperava um amigo, deambulei durante uma hora pelo Bairro Novo à hora do jantar. Por momentos foi invadido pelo mesmo sentimento que tive quando atravessei uma cidade fantasma no Nevada. Havia casas, uma oficina, um hotel, lojas, os postes de eletricidade intactos e sinais de trânsito imaculados. Mas não havia gente. A estrada, parcialmente coberta de areia, era regularmente atravessada por bolas de feno.
Fiz parte de um conjunto de marretas que há uns anos atrás alertou que a abertura de demasiadas grandes superfícies na Figueira poderia ter este resultado. A crise só acelerou o processo. O que mais me custa, é constar que a vitrina da Casa Havanesa já não tem livros. Mas ainda pode ser pior. Há três anos, no Casino da Figueira, chamei a atenção para a lógica estranha dos despedimentos do próprio Casino. Nesse dia fiz muitos amigos... Hoje, as luzes do Casino ainda iluminam o Bairro Novo. Nem quero imaginar como será o Bairro se estas se apagam.
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