À primeira vista as motivações de Wolfgang Franz parecem enquadradas pelo típico ódio contra a inflação, tão típicos da ideologia Reagan-Thatcher. Como se uma inflação alta fosse pior do que o momento económico que estamos a viver. Mas numa segunda análise perguntamo-nos se não estamos perante uma vingança velada de muito mau gosto (que atinge a própria Alemanha). É nisto que anda a patinar a Europa. Resta a esperança de as próximas eleições alemãs apearem estes senhores definitivamente.
terça-feira, janeiro 31, 2012
O ideólogo de Merkel ou o travão da Europa
À primeira vista as motivações de Wolfgang Franz parecem enquadradas pelo típico ódio contra a inflação, tão típicos da ideologia Reagan-Thatcher. Como se uma inflação alta fosse pior do que o momento económico que estamos a viver. Mas numa segunda análise perguntamo-nos se não estamos perante uma vingança velada de muito mau gosto (que atinge a própria Alemanha). É nisto que anda a patinar a Europa. Resta a esperança de as próximas eleições alemãs apearem estes senhores definitivamente.
segunda-feira, janeiro 30, 2012
sexta-feira, janeiro 27, 2012
quinta-feira, janeiro 26, 2012
Já se pode adjectivar Domingos Névoa de corrupto?
Convém também relembrar quem é que nos blogues defendeu com afinco a causa de Domingos Névoa. Por exemplo, vale a pena recordar este texto da autoria de João Miranda, escrito no dia seguinte à acusação de Domingos Névoa, no seu habitual estilo troca-tintas onde desculpabiliza e vitimiza Domingos Névoa (o corrupto ilegal, claro o corrupto legal é Sá Fernandes). Outras postas menos trapalhonas mas puramente gratuitas vão no mesmo sentido, aqui e aqui, escritas por André Azevedo Alves, um dos autores do blogue Anacleto, um blogue com muito nível onde não se faziam ataques pessoais nenhuns (ad hominem, não é isso?).
quarta-feira, janeiro 25, 2012
Broches a Eduardo dos Santos
terça-feira, janeiro 24, 2012
Glaciares alpinos perderam um quarto da sua superfície
A fusão acelerada dos glaciares tem consequências importantes no clima local, aumentando o caudal dos rios que nascem nas respectivas formações montanhosas, com um correspondente aumento da pluviosidade e do risco de inundações em comparação com os anos anteriores. Mas a fusão local registada nos Alpes Franceses é com grande probabilidade consequência do aquecimento global resultante da actividade humana registado nas últimas décadas. A taxa a que os glaciares derreteram evolui de uma forma semelhante à curva do aquecimento do clima e, mais importante, tem correspondido aos resultados estimados pelos modelos de simulação do clima aplicados aos glaciares alpinos, reforçando as conclusões dos sucessivos relatórios do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas sobre o impacto da actividade humana no clima do nosso planeta.
segunda-feira, janeiro 23, 2012
Guimarães cidade quê?
Perante factos e dúvidas, irrita as certezas que continuam a ser propagadas de que Guimarães é a "cidade berço". Certezas que não só contrariam a documentação analisada, como cada vez mais são difíceis de casar com os territórios de dúvida da biografia de Afonso Henriques. Este fim-de-semana por ocasião das comemorações de Guimarães Capital da Cultura, mais uma vez foi dado um péssimo exemplo a nível institucional ao continuar a alimentar-se a lenda da Guimarães Cidade Berço. É lamentável numa sociedade baseada no conhecimento que se continue a substituir o trabalho resultante da investigação cuidada da nossa história por lendas sentimentais.
Sobre a reforma administrativa local
Horário: 10h45 com repetição às 18h40.
sexta-feira, janeiro 20, 2012
quinta-feira, janeiro 19, 2012
Nebulosa Helix
quarta-feira, janeiro 18, 2012
Beigbeder um escritor quase não traduzido
terça-feira, janeiro 17, 2012
Patriotismo é pedir recibo
Se quisermos ser uns grandes patriotas o melhor serviço que temos a fazer pelo país é pedir SEMPRE o recibo. Mas aí o patriota que há em nós perde logo a mesma garganta que se inflamou com o slogan "compre nacional". Em publicação recente, o Observatório de Economia e Gestão de Fraude estima em cerca de 42,7 mil milhões, ou 24,8% do PIB, o volume da economia paralela em 2010. A média estimada da economia paralela entre os países da OCDE é de 16,4 % do PIB. Se estas transações pagassem um imposto médio de 20% no nosso país, o défice em 2010 teria sido de 2,8% em vez de 8,6%. É esta a dimensão do roubo.
sexta-feira, janeiro 13, 2012
Dumpingo Doce
quinta-feira, janeiro 12, 2012
Pingo Amargo
Publicado hoje no jornal As Beiras.
terça-feira, janeiro 10, 2012
segunda-feira, janeiro 09, 2012
Pesados cortes na ciência
sexta-feira, janeiro 06, 2012
O que é que eu posso fazer pelo meu país?
"...temos que olhar para nós e perguntar o que é que eu posso fazer pelo meu país".
Mas há outras muito boas:
- "Há toda uma maneira de estar na sociedade que tem que mudar", sem dúvida diria eu;
- Soares dos Santos queixa-se que "o Estado tem que pagar tudo, não se pode tocar no serviço nacional de saúde". Foi com este sistema tão perverso e universal que a taxa de mortalidade infantil em 30 anos passou do terceiro-mundismo para um valor melhor que os EUA, onde vigora a filosofia de Soares dos Santos;
- Propõe "reguladores [da iniciativa privada] não nomeados por partidos políticos (...) um sistema [de regulação] com gente, imparcial, competente e conhecedora". Ora um sistema de reguladores não nomeados pelos eleitos e conhecedores, que tal os regulados regularem-se a si próprios? Ou numa versão imparcial, pagos pelos regulados, assim tipo a relação imparcial entre a Arthur Andersen e a ENRON;
- "O país tem que ser mais eficiente, tem que trabalhar mais horas". Errado! Para o país ser mais eficiente tem que trabalhar melhor por unidade horária. Tsk, tsk, isto dá chumbo na escola secundária.
Aqui para aderir ao movimento Boicote ao Pingo Doce.
PS- As "entrevistas" de José Gomes Ferreira têm muito que se lhe diga, lá iremos um destes dias.
quinta-feira, janeiro 05, 2012
Sahida
III - [letra h em posição medial]
É eliminada a letra h do interior de todos os vocábulos portugueses, com execpção do seu emprêgo, como sinal diacrítico, nas combinações ch, lh, nh, com os valores que as seguintes palavras exemplificam, e únicamente para êles: chave, malha, manha. Portanto, escrever-se hão, sem o h, inibir, exortar, etc., e, semelhantemente, sair, coerente, aí, proìbir, etc.
O novo acordo começou a ser trabalhado em 1985, há mais de 25 anos. Neste acordo mudam de grafia 2 703 palavras. No Brasil mudam 1254 (~ 1% do total das palavras) e perde-se um acento: o trema. Nos restantes países de expressão portuguesa mudam 2 264 palavras (cerca de 1,75% do total).
A partir de agora escrever-se-á por aqui segundo as regras do novo acordo ortográfico. Ouvi e li especialistas, uns contra outros a favor. A favor ouvi argumentação muito bem fundamentada e contra o acordo ouvi sobretudo muita descarga de fígado contra o multiculturalismo, o "dantes é que era bom" e histórias de sofisticada intriga internacional. Pessoalmente preferia que a nossa língua adotasse regras semelhantes ao castelhano, italiano, alemão e línguas eslavas, em que não há ambiguidades entre a escrita e a fonética. Demos um passo nessa direção mas ainda estamos longe. Do ponto de vista estético tenho mais reservas, faz-me confusão escrever ótimo em vez de óptimo, apesar de já ter interiorizado quando escrevo em língua italiana - a herdeira direta da nossa língua mãe, o latim - a escrita de ottimo e de Egitto. Dou razão a um amigo italiano especialista em latinas, quando me relembra que o português e o romeno são as línguas latinas mais conservadoras.
quarta-feira, janeiro 04, 2012
Telemóvel para vítimas de violência conjugal
Em França e Espanha está a ser utilizado há mais de um ano um telemóvel para mulheres vítimas de violência conjugal. Destinado a prevenir ataques após a separação de casais com historial de violência doméstica, este telefone portátil é equipado de um botão muito acessível que após premido mais de três segundos entra em modo voz alta e simultaneamente liga a uma central de urgência especializada no apoio às vítimas de violência conjugal. Este sistema já permitiu a intervenção rápida da polícia em várias centenas de casos nos dois países referidos.
Isto dava um jeitão por cá.
Quem mais precisa
Os sacos de plástico que pendem das mãos são de um supermercado de produtos baratos, os carros estacionados de baixa cilindrada, em segunda ou terceira mão. Estamos longe das fantasias do CDS, dos beneficiários de rendimento mínimo com piscina e Mercedes à porta. Neste bairro social do concelho da Figueira, os habitantes cuidam da amostra de jardim que torna mais ameno o espaço entre as caixas de betão onde vivem. São simpáticos com os vizinhos e transeuntes, mas poderiam não ser dada a elevada taxa de desemprego e de abandono escolar. Vem-me à memória os tempos em que vivi perto de uma violenta cité francesa.
Investigue-se até às últimas consequências a Figueira Domus, proteja-se quem denunciou e tentou mudar más práticas, mas não percamos de vista quem mais precisa.