O segundo grande argumento (ver antepenúltima entrada) da teoria da conspiração lançada pelo filme "Loose Change" retoma as teorias de Meyssan sobre a derrocada das Torres Gémeas. Entre os múltiplos delírios de Meyssan sobre o 11 de Setembro de Nova Iorque (ex: Meyssan afirma que os aviões eram telecomandados...), no seu livro "L'Effroyable Imposture" é explicada a derrocada das torres gémeas pela colocação de bombas no interior do edifício, justificando Meyssan que duas torres modernas e bem equipadas não deveriam cair após um impacto com um avião. E exemplifica invocando um acidente em que um pequeno avião chocou contra o Empire State Building, sem que o edifício tivesse corrido risco de derrocada. Isto até parece lógico, mas o problema é que Meyssan ignorava que a estrutura que suporta as Torres Gémeas é completamente diferente da estrutura do Empire State Building (existem 300 mil reportagens de TV que explicam detalhadamente estas diferenças).
O que suporta o peso das Torres Gémeas é a estrutura externa em aço, visível na foto. No caso do Empire State Building (ESB) a mesma função é desempenhada por uma "gaiola" de colunas internas e externas de betão armado. A grande vantagem da estrutura externa das Torres é a de permitir maximizar a superfície dedicada aos gabinetes das empresas, dada a ausência de colunas interiores. Deste modo, cada andar das Torres Gémeas consistia de amplos espaços de gabinetes separados por placas de gesso com uma cavidade central para os elevadores, suportada por uma estrutura metálica mais ligeira. Apesar das Torres terem sido concebidas para aguentar um choque de um avião de linha a uma velocidade normal, a ausência de colunas internas (como as do ESB) e a velocidade bastante elevada a que os aviões (de tanques cheios) se projectaram contra as Torres, resultaram na destruição irreversível da estrutura interna - que não suportava o peso do edifício - e na fusão dos pisos directamente tocados. Progressivamente alguns dos pisos superiores começaram a cair fazendo cair por sua vez o piso logo abaixo até formar uma avalanche impossível de ser contida pela estrutura externa do edifício, provocando a derrocada das Torres. Obviamente que isto nunca poderia acontecer no ESB. No caso da Torre 2, o facto de o avião ter entrado junto a uma das arestas do edifício, fez com que esta Torre, apesar de ter sido atingida mais tarde, se tivesse desmoronado mais rapidamente, dada a distribuição assimétrica do peso dos pisos superiores sobre os pisos inferiores.
Analisando o atentado às Torres à distância de 5 anos percebe-se que acidentalmente a coisa correu demasiado bem para a malta da Al-Qaeda. Certamente ninguém deve ter analisado estas particularidades arquitectónicas que contribuiram para o sucesso da operação.
A teoria ucraniana sobre a ideia do 11 de Setembro
Uma teoria que eu considero mais provável sobre a ideia de lançar aviões de linha sobre as Torres Gémeas é lançada por Nima Zamar, ex-agente da Mossad, no seu livro "Je devais aussi tuer". Segundo a autora, tanto a URSS como os EUA durante a Guerra Fria possuíam planos para se atacar mutuamente caso as forças militares convencionais ficassem inoperacionais. Por exemplo, se os EUA lançassem um ataque de mísseis que destruísse por completo o arsenal militar da URSS, os agentes soviéticos infiltrados nos EUA estavam encarregues de organizar ataques com o que houvesse à "mão". Uma maneira de o fazerem, seria utilizando aviões de linha como cocktails molotov contra o Pentágono, a Casa Branca, o Capitólio, etc. Segundo Nima Zamar depois do fim da Guerra Fria alguns destes planos teriam sido vendidos por um ucraniano à Al-Qaeda. Nima reforça esta hipótese relembrando o avião de linha abatido por um míssil da marinha ucraniana pouco tempo depois do 11 de Setembro. Segundo Nima o lançamento do míssil não se tratou de um acidente, mas de um ajusto de contas com o ucraniano que vendeu os planos à Al-Qaeda. O acidente foi investigado pela Mossad, dado que se encontravam a bordo israelitas. O referido avião tinha partido de Israel com destino à Siberia.
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